segunda-feira, 8 de março de 2010

Vamos nos permitir!


Nada melhor do que o “dia da mulé” pra começar um blog sobre elas. Sobre a gente. Enfim. Essas coisas fofas que somos nós, que passamos um quarto do mês de TPM, outro quarto menstruada e outros dois, sofrendo as conseqüências. E para falar sobre o incansável tema, duas mulheres à beira de um ataque de nervos: Cris Ramos e Isa Lorena, uma psicóloga e uma jornalista.


A relação macho x fêmea - seja ela formada por um homem e uma mulher, ou duas mulheres, ou dois homens, ou etecéteras - dá forma aos mais diversos sentidos. É o assunto principal, o tema preferido, o motivo de risos e lágrimas enviesadas em tantos encontros e desencontros desta vida. São esses os sentidos que queremos dividir. Análises cruas ou ligeiramente dramáticas, não importa: vale mais dividir, quebrar paradigmas, refazer paradoxos.


Neste 8 de março, 100 anos depois daquelas operárias lá nos ‘state’ se rebelarem, fala-se em luta, em conquistas, em emancipação feminina. Não há dúvidas quanto a ascensão das mulheres, sobretudo nas sociedades ocidentais. A questão é: ascendemos pra onde exatamente?


De cá, eu continuo tentando exercer minhas três principais funções em tempo integral: ser mãe, dona de casa e jornalista. E eu vos digo: nada fácil! Nada simples arrumar o tempo para ser uma exímia profissional produtiva, uma mãe criativa e paciente e uma dona de casa organizada. E nesse ínterim ser mulher, fazer as unhas, comprar roupa nova, experimentar maquiagem e encontrar alguém que nos faça gozar sem cobranças.


Ser mulher não se resume a nada. Somos sempre tantas personagens dentro de nós mesmas, somos sempre várias, tentando nos lembrar que dentro desse turbilhão de coisas que enfrentamos todos os dias, merecemos, pois, passar por fases de satisfação do ego. E apesar delas serem únicas como cada um de nós, vale ressaltar que cabe aí desde um dia inteiro no salão até uma boa trepada com aquele(a) desconhecido(a) que há tempos se deseja.


A gente merece ser feliz, porra. E isso inclui se afastar das coisas e das pessoas que nos causam náuseas, ver o pôr do sol e dormir sem culpa, viajar ou ir ao cinema sozinha, admirar o que é belo, gostoso e estimulante, experimentar o que tiver vontade, chorar com as coisas mais bobas e depois rir sozinha de si mesma e entender que ninguém é de ninguém, mas, pô, vc quer um pênis pra chamar de seu!



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Desabafe! rs